Não sou tão ruim quanto dizem, nem tão boa quanto gostaria

sexta-feira, 9 de agosto de 2013
imagem daqui

Assim que nos tornamos mães, automaticamente um figura começa a fazer parte da nossa vida com muito mais vigor: o palpiteiro!
E se fosse assim, no singular, seria fácil, mas eles se multiplicam, são familiares, amigos, e até desconhecidos, "especialistas" em todos os assuntos que envolvem o universo da maternidade, desde a gestação, passando pelo parto, amamentação, colo, papinhas, desfralde, educação...

As opiniões, críticas e cobranças parecem não ter fim, e não importa o que você faça, sempre há alguém para discordar.
Por exemplo, como é o meu caso, se você também deixou de trabalhar para cuidar do filho, é porque vai abandonar a sua carreira, seu filho não tem contato com o mundo, e você vive às custas do marido, e todas as vezes que o palpiteiro te encontra faz questão de perguntar se você já voltou a trabalhar. 
Mas se você fez diferente e voltou a trabalhar logo após da licença maternidade, é porque não está nem aí para o filho, que vai ser educado por outra pessoa, e você valoriza mais a vida profissional do que o filho, e seu marido deveria arrumar um jeito de aumentar a renda familiar para não colocar a família nessa situação. Afinal, ter filho pra quê se você não pode cuidar?!

E o pior de tudo é que saber lidar com palpiteiros não é tão difícil quanto parece, afinal há outra pessoa que nos critica e nos cobra muito mais: nós mesmas.
Pois é, infelizmente somos vítima, mas também somos algozes de nós mesmas, e nesse caso a situação fica complicada, pois não aceitamos erros, queremos provar para nós mesmas e para o mundo que somos boas o suficientes, que podemos, que conseguimos e sabemos lidar com toda e qualquer situação prevista ou imprevista. Dessa forma carregamos um fardo tão pesado que não podemos aguentar, e isso nos deixa frustradas, com o famoso sentimento de culpa.

E quer saber o que eu acho?! Para nós, mães, principalmente as recém paridas, o que nos falta é um pouquinho de humildade para não descartar todas as opiniões. Afinal, jogue a primeira pedra quem nunca deu palpite na vida dos outros! Uma pesquisa pode nos dar mais segurança para aceitar que talvez a outra pessoa estava realmente certa, e reconhecer que precisamos de ajuda, que não sabemos tudo e que não somos tão boas como gostaríamos de ser. 

Quando meu filho nasceu minha mãe ficou comigo em casa para me ajudar, e é claro que não poupou palpites, e eu não aceitava quase nenhum, ficava brava, nervosa, queria provar que não precisava de seus conselhos, que sabia tudo. Minha reação era um pouco justificada por causa da "revolta" dos hormônios, mas assim que ela se foi confesso que me senti uma completa idiota, reconheci que tinha exagerado, que deveria ter pelo menos não respondido aos palpites com tanta rispidez, afinal era a ajuda de alguém que havia cuidado de mim e de meus sete irmãos!

Hoje, apesar de me cobrar bastante, sinto que sou mais leve por não carregar o fardo da auto suficiência, aliviada por entender que não preciso ser perfeita.
As crianças crescem e aprendem tantas coisas sozinhas, mas se hoje sou uma pessoa melhor, devo isso ao meu filho, pois não seria a mesma pessoa se não fosse mãe. Confesso que já aprendi muito mais do que ensinei, e com certeza ainda tenho muito a aprender com a maternidade (e com os palpiteiros).


Bjocas!


5 comentários:

  1. Me sinto assim como você.
    A verdade é que em tudo que fizermos vai ter alguém pra contradizer ou contrariar.
    Temos mesmo é que "ouvir de tudo, reter oque é bom e usar oque nos servir". Bem assim.
    Bjs!!

    Carlah Ventura
    Blog: Intensa Vida

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    Respostas
    1. Adorei!
      "ouvir de tudo, reter o que é bom e usar o que nos servir". Perfeito!

      Bjs.

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  2. Olá Line Sena!
    Concordo com vc! Apesar da cobrança por parte da sociedade, não devemos descartar todas as opiniões. Muitas delas inclusive, me ajudaram muito. A experiência dos mais velhos também conta muito. Mas acho que no primeiro filho é pior, é mais pesado, mais tenso... depois que a gente pega o jeito, no segundo é mais relax. rsrsr Bem, comigo foi assim. Agora faço o que acho que dá certo, sem neuras e cobranças. bjs Camila Vaz

    Depois dá uma passada no Recanto. Estou lá hoje!

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    Respostas
    1. Oi, Camila.

      Que bom que no segundo é mais relax. Acho que tanto pra gente que é mais experiente, como os palpites que devem diminuir também.

      Bjocas e obrigada pela visita!
      =)

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